Antônio Diogo da Silva Parreiras (Niterói, RJ 1860 - Niterói, RJ 1937)
"Nas pinceladas enérgicas, nas cores vivas que animam pequenos barcos situados sobre a orla do mar, materializa-se a visão de um artista: Antônio Diogo da Silva Parreiras. Nascido em Niterói, a 20 de janeiro de 1860, desde pequeno Antônio corria livremente pelas praias, vivendo no cenário que, mais tarde, seria sua fonte de inspiração. Os estudos eram uma tarefa árdua, enfrentada a contragosto. Apenas o amor pela arte crescia cada vez mais, numa atração irresistível. Porém, é somente aos 23 anos de idade que ele consegue matricular-se na Academia Imperial de Belas Arte do Rio de Janeiro. Nessa escola, o jovem artista sofre grande influência do professor bávaro Jorge Grimm, que introduziu no Brasil a pintura ao ar livre. Passados dois anos, o mestre desliga-se da Academia, indo fundar sua própria escola em Niterói. Parreiras estava entre os alunos que o acompanhavam e, apesar da breve duração do novo curso, nele encontrou os elementos para definir-se artisticamente. Suas obras desse tempo retratam casas ensolaradas, árvores e os segredos da mata captados através de frestas luminosas. A colocação da cor é livre e a composição acompanha a natureza, transformando-se de acordo com o ponto de vista escolhido. Em 1886, Parreiras realiza sua primeira exposição, no Rio de Janeiro, contando com a presença do próprio imperador. Dois anos mais tarde, recebe um prêmio na Academia de Belas-Artes, que possibilita sua ida à Europa, onde entra em contato com as obras dos grandes mestres do passado e dos artista contemporâneos. Em fins de 1889, volta ao Brasil e, logo depois, organiza uma mostra que lhe vale o convite para lecionar paisagem na Academia Imperial de Belas-Artes, função que logo abandona, para criar, em Niterói, sua Escola de Pintura ao Ar Livre. Continuando suas exposições, inclusive em São Paulo e em Belém, Parreiras apresenta sua série de obras que denotam um certo academismo, do qual o autor nunca se libertou completamente. Em 1926, recebe a medalha de honra no Salão Nacional de Belas-Artes. Quando faleceu a 17 de outubro de 1937, a casa onde morou foi transformada em museu, que guarda, além de 231 trabalhos seus, uma importante coleção de artistas nacionais e estrangeiros." (A pintura no Brasil. Abril Cultural. São Paulo, 1981)
Ficha Técnica
Atribuído a/assinado por: A. Parreiras |
Dimensões: 58cm x 48cm aproximadamente |
Técnica: óleo sobre tela |
Diagnóstico inicial - resumo
Sujidade |
Verniz oxidado |
Perda de camada pictórica |
Foto - detalhe
Perdas de camada pictórica |
Apêndice - fotos complementares (exemplificação de procedimentos)
Remoção de verniz oxidado |
Aplicação de filme protetor de isolamento |
Estucagem |
Reintegração pictórica |
Registro comparativo
Antes |
Depois |
Registro fotográfico pós intervenção
Resumo dos processos de conservação e restauro efetuados
Intervenção na pintura |
Remoção de verniz oxidado |
Aplicação de filme de isolamento |
Estucagem e texturização |
Reintegração pictórica mimética diferenciada |
Aplicação de filme protetor final |
Condições ambientais para melhor conservação posterior
Temperatura - 20º a 25º C (evitar variações) |
Umidade relativa - 45% a 60% (evitar variações) |
Iluminação - 5lux a 50lux (evitar variações) |
Limpeza - trincha macia e seca |