Sobre o artista:
Omar Pellegatta, pintor e gravador, nasceu na Itália, na região da Lombardia, em 04 de junho de 1925. Vive, a partir de 1927, na cidade de Santos, litoral de São Paulo. Em 1953, estuda desenho na Associação Paulista de Belas Artes. Sua obra caracteriza-se, principalmente, por casarios coloniais e temas sacros. (Fonte: ALICE e LOUZADA, Maria e Julio. Artes Plásticas Brasil. Julio Louzada Publicações: 2000 e http://www.catalogodasartes.com.br/Detalhar_Biografia_Artista.asp?idArtistaBiografia=569, em 15.06.2014)
Quanto à restauração desta obra:
A realização da sutura do rasgo implicou em levarem-se em conta alguns aspectos: a “pancada” que rasgou a tela, por se tratar de tela fina de algodão, gerou um “trauma” bastante significativo na trama do tecido que ficou bastante “amassado” e com sua tensão prejudicada; além disso, a sutura teve que ser realizada com fios muito finos por conta da delicadeza da trama da tela original. Dessa maneira, além da sutura com fios finos, a planificação paciente do rasgo e, posteriormente, da sutura foram essenciais para amenizar os efeitos indesejados da brusca ruptura do tecido da tela.
E observe-se que a reintegração pictórica por se tratar de uma aquarela e estar circunscrita a uma pequena área, não se trata de tarefa fácil. Isto porque, ao contrário de pinturas a óleo, comumente, aquarelas não são envernizadas, como esta não é. Assim, isolou-se a área de retoque com Paraloid muito diluído, com a cautela de não conferir brilho algum à pintura, mas o suficiente para tornar a restauração reversível, e, ao final, novamente foi aplicado Paraloid bastante fluido, com o escopo de obter-se um retoque durável, porém com a opacidade comum às aquarelas.