Orlando Rabelo Teruz (Rio de Janeiro, 1902 – Rio de Janeiro, 1984).

Pintor, gravador, professor e desenhista.

“Pietro Maria Bardi afirmou em 1966: ‘Teruz continuou a pintar o Brasil campineiro, os pelézinhos, as arraias, as taipas, as palmeirinhas, as colinas de presépio, as festas de bandeirinhas, mesclando no coração das cores a melancolia das luzes do céu que some ao cair da noite ou as alvoradas luminosas’. E Rui Flores, em 1967, referiu-se ao trabalho do artista como ‘um canto que retrata com extraordinário lirismo a alma brasileira nos tons menores da simplicidade das cenas populares e do pitoresco das situações cotidianas”. (LOUZADA, 1992: 1047 e 1048)

“…manteve como características básica de sua obra a transição entre fundamento tradicional e as novas tendências emergentes com a abertura do ciclo modernista. Neste sentido, e na disposição arraigadamente figurativa, o paralelo que de imediato se pode com ele estabelecer está em Portinari, já que também se preocupou, antes de mais nada, em sedimentar a sua formação dentro da disciplina de resíduos ainda neoclássicos da Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio” (LOUZADA, 2000: 402)

Por um acaso este ateliê tem tido a feliz oportunidade de trabalhar num quadro que retrata a “pelada”. E justamente numa época de Copa. Trata-se, entretanto, de um imenso desafio, dado que removemos um retoque “grosseiro” que prejudicava até mesmo a perspectiva do observador.

Iniciamos nesta fase um retoque nada fácil, por se tratar de um retoque muito pontual, cercado em sua maioria por tons sólidos de tonalidades marrom e ocre, numa tentativa de devolver a leitura original da obra e, ao mesmo tempo, fiéis aos princípios de restauro, ou seja, utilizando a técnica do tratteggio.

O processo de restauro está finalizado, seguem as fotos:

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